lunes, 12 de marzo de 2018



Ache muito interesante este artigo do Michael Grey e quiz contribuir com a minha experiencia .

Como Investigador de Acidentes e Sinistros Maritimos, faz tempo venho dizendo que os procedimentos estão, mas seguem e seguirão ocorrendo estes sinistros pela singela razão de que o tripulante não conhece a carga que está a bordo, e isso tem múltiples razões.

As informações que chegam ao conhecimento do tripulante não sempre é a verdadeira, mas toda a responsabilidade no shiping recai sobre o tripulante.

A isto há que agregar, que o armador não pensa muito em segurança, se não na rapidez em que seu navio carrega e descarregue no porto por gerar ganhos. A sobrecarga de trabalho do tripulante é por causa disso

Se analisássemos os últimos acidentes têm uma mesma origem, incompatibilidade da carga alojado nos porões e ninguém se pronuncia sobre o mesmo. A problemática está em origem da carga, ninguém certifica que a carga alojado dentro do contêiner é a mesma que consta em B/L ademais o aparecimento de novas figuras que participam da carga (Planners etc.), faz que o nível de risco seja vulnerado por várias razões.

Bem o diz o artigo, a culpa não é do armador, não é do tripulante, que tem que absorver toda a responsabilidade sem ter a informação necessária da carga, apesar do seu esforço por realizar uma estiva correta e uma viagem segura.

Então? Aonde está a responsabilidade do carregador, dos portos e mesmo dos Governos que permitem semelhante irresponsabilidade? As normas de segurança existem para Portos, Navios e para todos os que participam da carga a ser transportada.

Esta corrente está falhando em algum lugar, porque quando se pesquisa, não se publica as conclusões dos acidentes nem os culpados ...? É claro que a resposta será contundente:  A origem da carga é o responsável em grande parte por estes acidentes, e uma pequena parte da tripulação, que como tudo... nada é perfeito.
Aqui todos protegem seus interesses (seguradoras, armadores, portos e Agentes de carga) dando sugestões de segurança que somente recai no navio e no tripulante, mas ninguém assume sua responsabilidade em melhorar os controles em origem da carga, que é o principal suspeito de tudo está seguidilha de acidentes.

Se não se discute estes temas, não poderá ser melhorado nunca a segurança a bordo dos navios, porque exigimos maior quantidade de carga transportada, um comércio mais eficiente e rápido e regras mais estritas com os tripulantes e navios, mas a origem do mal está em outro lado.

Assumamos a responsabilidade de que os controles em origem sejam mais efetivos para um Transporte marítimo, mas seguro.

Fonte: http://www.seatrade-maritime.com/news/europe/fire-down-below.html